Sabem-me
pássaros
no trânsito
desta varanda.
Sei-lhes
a travessia que,
mesmo em
seu todo secreta,
está-me
paraíso de signos.
E o
denso é a emoção que sinto:
rio
suave ante um tanger de cabras
nalgum
entardecer de uma aldeia
cujo nome
supõe raras gemas
e ócios
de um tempo sem relógios.
Pronunciam-me
âmbar de entalhe feminino,
tal ao
que (voz a mais acima) diria afável:
Paco de
Lucía em todo frescor.
Não
quero o mundo, este do perde-ganha.
Quero o
trigo no estalo mais certo sob o sol.
E direi
vezes tantas meus olhos fechados,
que minha
boca, um sim a pico, agora sorri.